Querida, recentemente fizemos uma pesquisa informal buscando avaliar os cães (dogues) que faziam parte do plantel do nosso estado, mas que eram oriundos de outros centros, e chegamos ao seguinte resultado (de 21 cães pesquisados) : 7 têm problema de boca 33,3% (não contei falta de p1); 3 têm problemas sérios de estrutura 14,2% (acredito que o número seja maior, pois só estes fizeram chapas radiográficas); 1 tem problema de pele 4,7% (sarna dermodécica); 1 problema de temperamento 4,7%.
Agora o mais trágico, apenas 8 são saudáveis, ou seja apenas 38 % dos cães que nos chegam poderiam ser utilizados, este número pode piorar porque estes ainda não fizeram chapas. Veja, eu n estou falando de cães para pista não, eu estou falando de cães saudáveis.
Dos estados avaliados ( S. Paulo, S. Catarina, Pernambuco, R. de Janeiro e R.G. Sul ) o seu estado, foi que teve melhor desempenho com apenas 25% de cães com algum problema.
Não estou afirmando que é porque é Alagoas, nem estou querendo afirmar que existe má fé, gostaria de discutir a seguinte situação: Será que a criação de dogue alemão não está precisando de mais critérios? Um indivíduo paga 2,3,4,5 mil reais para adquirir um cão achando que está dando um passo para frente, e descobre que tem 62% de chance de se dar mal ....
Oi Byron, parabéns pela iniciativa!
A saúde na criação é uma preocupação minha. Crio sobre um trinômio:
saúde-temperamento-estrutura, para tanto, fiz uma lista de prioridades, e não que a falta de dentes não me preocupe, é que penso que tem coisas mais graves, no que se refere ao bem estar do cão, do que a falta de um ou dois dentes...ele se alimentará normalmente e terá, portanto, uma boa vida. Mas com displasia, prognatismo, megaesôfago, medo, agressividade.... jamais.
Eu acredito sim que necessitamos de mais critérios, e menos ações de correção estética, como implantes e aparelhos. Precisamos de gente com mais vergonha na cara mesmo. Mas isto já é bem mais difícil do que se pensa.
Os critérios que adotarmos agora apenas refletirão daqui há muitos anos. É preciso limpar um pedigree, e isto somente é possível após muitas gerações, e não se pode limpar todos os problemas de uma única vez.
Eu li um artigo sobre displasia, que dizia se tratar de uma doença poligênica, ou seja, é necessário um conjunto de genes para que ela se
manifeste, mas se o macho possui uma parte, e a fêmea outra parte, e ao
unirem-se os genes, que são jogados aleatoriamente aos filhotes, coincidirem de formar um conjunto completo para displasia, aquele filhote será displásico, enquanto outros não, e mesmo enquanto o pai e a mãe não o são. É preciso estudar mais a respeito a fim de certificar que esta afirmação é verdadeira.
Outras anomalias como megaesôfago praticamente tiram o cão de cena. Mas há tratamento. Cura mesmo. Mas o problema é, via de regra, genético. Veja, via de regra, não 100% genético.
Mas teria conversa para horas e horas aqui. EU adoro falar sobre isto! Rssss
Com o CBRDA (Conselho Brasileiro da Raça Dogue Alemão), espero obtermos gradativamente, as regras e os critérios para uma boa criação, saudável e bonita.
Eu vi que tu tens Bordeux. EU tenho um casal, mas são irmãos inteiros. Quem sabe tu não tens aí um macho para a minha menina, né?
Beijos!!
Schirlei
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